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terça-feira, 23 de março de 2021

CAETITÉ METAL OPEN AIR (2013)

Durante nossa apresentação na edição 2013 do Festival Palco do Rock, o pessoal da Natural Hate, que iria tocar após a gente no evento, acompanhava tudo do backstage. Após o nosso show, ficamos assistindo a apresentação deles e trocamos algumas ideias. Esse contato fez com que fôssemos convidados por eles para um evento que eles estavam organizando na cidade de Caetité (633 km de Salvador). Como sempre estamos dispostos a tocar fora de Salvador, aceitamos e começamos a nos organizar. Como falamos anteriormente, diminuímos a quantidade de ensaios para poupar para o pagamento da gravação de nosso CD. Mas estávamos bem entrosados e tínhamos feito um show um mês antes

O organizador, Vinicius Toledo, também vocalista e guitarrista do Natural Hate, manteve contato conosco, nos passando detalhes do evento, da produção. Nos forneceram as passagens e acomodações, e dessa vez pudemos levar nossas acompanhante, com exceção de Luciano. 

Também procuramos saber mais sobre a cidade e descobrimos que ela é bem fria no mês de agosto. Aqui em Salvador a temperatura varia entre 25 a 35 graus durante o ano, e lá em Caetité, pelo climatempo e outros sites, apontava algo entre 14/16 graus até 29 graus. Todos levaram casacos!

Saímos de Salvador na noite de sexta-feira (iríamos nos apresentar no sábado). Tinha um ponto de encontro para embarcarmos no ônibus, mas de repente caiu em Salvador uma tremenda chuva. Val e a namorada na época ficaram presos num local um pouco distante, mas acabaram embarcando, um pouco molhados, mas pelo atraso, perderam os lugares e tiveram que ir separados. Val sentou em uma cadeira um pouco à frente e a namorada mais ao fundo. Vendo que ambos era um casal, o senhor que estava no ônibus e ficava responsável por pegar os tickets se aproximou de Val e perguntou: "aquela garota é sua namorada?". A resposta foi positiva e ele continuou: "Se você gosta dela, recomendo que troque de lugar por que o cara que está ao lado dela ronca muito e bem alto e ela pode não conseguir dormir durante a viagem". De Salvador até Caetité levava em média de 8 a 10 horas de viagem. E ambos molhados e o ar condicionado no ônibus em 25 graus. Val trocou de lugar pensando no bem estar da namorada. A ida para ele foi um tormento. Mesmo com os fones de ouvido enterrados nas orelhas e volume no máximo ele foi a viagem toda ouvindo o ronco extremamente alto e barulhento, fora o bafo de defunto do cidadão. E com frio, molhado e sem dormir direito, foi um alivio aproveitar as paradas do ônibus para descer e se afastar do dorminhoco. A banda chegou na cidade no meio da madrugada e ao descer do ônibus, queriam voltar pois o frio do lado de fora era muito pior (14º). 

 

A cidade estava com uma neblina e ainda iriam andar até as pousadas. As garotas iriam ficar em uma pousada e a banda em outra. Ou seja, levamos elas primeiro, todos batendo os dentes, e depois procuramos chegar a nossa. Lá fomos recepcionados e conduzidos ao quarto onde iríamos ficar e guardar nossas coisa e tentamos dormir um pouco. E todo esse tempo, o frio nos acompanhando. Pela manhã Val foi ao banheiro e quase congela. Levantando umas 8:00, chegamos na saída do hotel e constatamos que ainda estava frio, mas marcamos com as garotas de dar uma volta pela cidade. Com exceção de Luciano, que preferiu ficar dormindo.






Queríamos, além de conhecer a cidade, comer algo e comprar roupas de frio, já que o que levamos não se mostrou eficaz, além de comprar coisa para levar para casa, presentes, comidas da região, bebidas, etc.





Após comermos algo e passarmos pela feira da cidade, compramos roupas mais pesadas de frio e fomos caminhando aleatoriamente pela cidade, e chegamos até o local do show.


 


Após passearmos pela cidade voltamos para nossas pousadas e fomos almoçar. Ao chegar encontramos Luciano acordado reclamando que não tinha almoço para ele! Aproveitamos o sol um pouco, fomos pegar o almoço com o pessoal da produção, que sempre foi extremamente atencioso. E durante o dia estava tendo outras atividades ligadas ao evento.

"Tôcumfomi"





Ficamos descansando na pousada até a noite, quando chegou a hora de ir para o local do evento, e o frio já estava nos assolando um pouco, mas desta vez já estávamos preparados. 

 


Miqueías, guitarrista da Blackoutt-X e Carlos Alberto, da Headcrusher Prod.

Juliano e Leandro (Blackoutt- X)


Chegando ao evento, assistimos o show do Cangaço, de Pernambuco, com o qual tivemos contato também no Palco do Rock 2013. Na sequência veio o Human, da cidade de Feira de Santana. Esse foi um show que não vimos na integra, pois já estávamos nos aprontando para tocar em seguida.



Daniel tinha acabado de comprar uma pedaleira nova para o baixo. Mas esqueceu de perguntar a voltagem da cidade e utilizada no evento, e ao ligar... queimou!E como o evento tinha apoio do Governo do Estado da Bahia, tinha um banner no palco e não poderíamos usar nosso pano de fundo. Algumas bandas levaram e esticaram na frente no palco, mas preferimos não perder tempo com isso, já que houve o contratempo do pedal queimado.

O show foi intenso, com pouco espaço entre as músicas, algumas rodas de pogo se abriram e muita gente bateu cabeça. O resultado foi bastante positivo. E damos parabéns aos organizadores do evento, cuja produção e tratamento para com as bandas se mostrou superior a muitos outros, como o Palco do Rock, por exemplo.


"The End" - Vídeo do Caetité Metal Open Air

Ao terminar o show fomos comer algo no backstage. Enquanto comíamos e bebíamos, do lado de fora ficaram umas garotas chamando a banda, e ai empurramos Luciano, o único solteiro da banda, cabelão, boa aparência, etc. Ele voltou falando que "eram tudo guria". Mas levou bebidas para elas...

No backstage.

Saindo do backstage e com o equipamento todo guardado, saímos para conversar com o público, e acabamos encontrando o pessoal do Blackoutt-X e Carlos Alberto, da Headcrusher Prod. que nos ajudou a lançar o split "Pain is Inevitable". Acabando o evento daquele dia, fomos todos para as pousadas dormir. No dia seguinte era o longo caminho de volta para Salvador.

O ônibus de volta estava marcado para sair de Caetité por volta de 9:00 da manhã. A previsão era que no máximo as 17 ou 18 horas já estaríamos em Salvador. Vinicius nos acompanhou até a rodoviária e ficou conosco até embarcarmos. Eis que chega um ônibus bem velho, caindo aos pedaços e socado de gente ouvindo pagodão e axé. Cabelos arrepiados, suspiramos aliviados quando Vinicius disse que não era aquele. O ônibus certo chegou embarcamos. 

 Saindo de Caetité.

Após sair da cidade, ouvimos um som familiar, um ronco estrondoso. O mesmo cara da viagem de ida estava no fundo do ônibus! Ainda bem que desta vez estavamos todos do meio para a frente do ônibus, que praticamente foi vazio a viagem inteira (e o cara foi roncando a viagem toda!). Parece que ele trabalhava na cidade, que tinha um complexto de parques eólicos. Enquanto estávamos na cidade vimos até uma carreta passando carregando uma enorme torre.

No caminho para Salvador, perto de Feira de Santana, ao que parece houve um acidente e a BR estava com um enorme engarrafamento. Consequentemente só chegamos em Salvador por volta das 22:00. Mas a viagem e o evento fez tudo valer a pena. 

Abaixo seguem as fotos da apresentação, de autoria de Christian Benardis.