Com a saída de Eric Eclypsah e Rodrigo Macedo a banda se encontrava novamente sem baixista e baterista. Novamente tínhamos que correr atrás de novos integrantes. Mais uma vez entrou-se em contato com Daniel Iannini, que desta vez aceitou. Mas o problema agora era achar um baterista que estivesse disponível, sem pertencer a 3546 bandas, e curtisse o som, além de ter que ser uma pessoa legal, para não haver atritos. Isso era importante para que a banda seguisse com seus planos, ainda mais que estavam recebendo boas criticas pelo seu primeiro lançamento, o split CD "Pain is Inevitable".
Através do Orkut, nos indicaram Luciano Silva, que na época assinava como Luciano Svensson. Luciano nos falou que tocou em diversas bandas que não foram à frente, sempre tocando um som extremo. Marcou-se uma reunião onde pudemos todos conversar. Ele estava parado há algum tempo, e estava sem seu material, mas demonstrou muito interesse. Foi marcado um ensaio teste, e ele, embora enferrujado, mostrou potencial, e estava animado em fazer parte. Dessa forma, ele foi aprovado, e a formação estava novamente completa.
Os ensaios foram constantes para que a banda se entrosasse, se conhecesse e para que Luciano voltasse à forma. Nesse tempo, novas músicas e ideias foram surgindo.
Após meses, concentrados em ensaiar e procurar ficar na melhor forma, a banda aceitou o convite para seu primeiro show no interior da Bahia, na cidade de Santa Inês (300 km da capital), em 07 janeiro de 2012. E finalmente o logo oficial foi colocado corretamente em um cartaz! De Salvador, fomos juntos com a banda Cruzadas. Lá iríamos tocar juntamente com as bandas das cidades próximas.
A organização conseguiu para as bandas o transporte, mais acomodações. O ponto de encontro das bandas Cruzadas e RATTLE foi um shopping de Salvador. Tínhamos direito a levar duas pessoas, Henrique levou Natali, sua namorada, e a banda escolheu levar um roadie, ou seja, nossas vagas na van eram para 06 pessoas. Eis que Daniel trouxe sua irmã para ir na viagem. E a solução? O roadie, Lucas, acabou indo sentado no chão da van, no espaço entre as cadeiras e a porta! Embora as vezes a gente alternasse para ele não ficar estropiado.
A viagem em si foi tranquila, com Metal rolando no som do carro, o sol quente do lado de fora, conversa, bom humor e ansiedade. Chegamos na cidade entre o final da manhã e inicio da tarde. Na praça da cidade, fomos recepcionados pelo pessoal da Blackoutt-X, cujo vocalista, Leandro, era o responsável pelo evento.
Fomos colocar nossa material na pousada e almoçar logo em seguida. Logo depois demos uma volta pela cidade, para conhecer o local próximo ao show e depois descansar da viagem e nos prepararmos para o evento.
A noite, nos dirigimos com as outras bandas a uma praça da cidade, ficamos lá observando o movimento da cidade, pois acontecia uma festa que antecedia as comemorações da padroeira da cidade.
O show iria acontecer no Clube Cultural 21 de Janeiro. Chegamos lá e fomos nos encontrar com Carlos Alberto da Headcrusher Prod, que ajudou a financiar o Split-CD, e ficamos assistindo os shows das bandas locais e conversando com o público e membros das outras bandas.
Enfim, chegou a hora de nossa apresentação. Nervosismo à flor da pele. Era o primeiro show com a nova formação, estacamos receosos com a performance de Luciano, e iria ser o primeiro show com o uso de samplers das introduções e finalizações de nossas músicas (esses samplers podem ser ouvidos em parte no nosso Cd "Tales of the Dark Cult"). Nosso roadie, Lucas "Timberlucas" Novaes, tinha que se virar em auxiliar Luciano e dar o "play" nos samplers através de um notebook.
Entramos com "Hell of Living Dead", precedidos pela intro de um trecho do filme "Despertar dos Mortos" (Dawn of the Dead, 1978, George Romero), emendando com Call of Duty. No final de "Hell of...", um membro da Blackoutt-X subiu empolgado no palco para cantar o refrão final.
O show seguiu tranquilo, Luciano se saiu bem, embora nervoso e com um problema no pedal. Os samplers funcionaram parcialmente, e acabaram não tendo o efeito desejado. A banda ainda apresentou no evento uma música nova: "Pay to Enter, Pray to Exit!". No final, o público aplaudiu e aprovou a banda. Suspiramos aliviados, pois show com membros novos sempre tem uma ponta de dúvida e apreensão. Mas com a boa recepção, nos sentimos renovados, animados e ansiosos por mais eventos, para um maior entrosamento no palco.
No dia seguinte ao evento, todas as bandas estavam mais uma vez reunidas no local do evento pois a produção preparou um almoço de despedida.
Após o rango, era a hora de pegar a estrada de volta a Salvador, e planejar novos eventos, além de compor e pensar em um futuro CD full lenght. Mas acima disso, era focar na divulgação do split.
A volta para casa foi tranquila, com poucas paradas para comer e beber algo. O bom humor era contagiante, o calor fora da van era infernal, o som dentro era relaxante, e todos só queriam, no momento, chegar em casa, descansar e avaliar o show e pensar no passo seguinte.
