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quarta-feira, 7 de abril de 2021

BAHIA METAL FESTIVAL (2014)

Fotos e vídeos: Marcus Santos, Andreza Almen, Vagner Insólito e Reynolds Lopes.

 
O I Bahia Metal Festival nasceu com propósito em difundir a cultura rock ainda mais na Bahia. O projeto tinha como objetivo apresentar em cada edição o valor artístico das bandas baianas que nele se apresentavam. A sua primeira edição teve a produção do Bahia Metal Entretenimentos, de Bruno Bastos, bastante ativo na cena soteropolitana, e o produtor cultural Fábio Alexandria. A sua primeira edição reuniria as bandas Headhunter D.C., RATTLE, Malefactor, Trepanator e Behavior. Mas houveram mudanças no cast. 

A origem do evento, veio da ideia de Bruno Bastos, que já fazia diversos eventos em Salvador, dos mais variados estilos dentro do Pop/Rock/Metal/Alternativo. Ele queria fazer um evento que reunisse bandas do primeiro escalão da Bahia e outras em ascensão.



Nessa época, a banda se encontrava em ensaios para afinar o entrosamento com Eric, após o show de estreia. Também já estávamos dando espaço para ele sugerir algumas mudanças na parte da bateria, além de pensarmos em novas músicas. Havia também a ansiedade quanto ao lançamento do "Tales of the Dark Cult", que por conta de todos os atrasos, a Shinigami Records tinha reprogramado para que o CD fosse lançado no segundo semestre de 2015. 

Bruno já havia pensado em algumas bandas para o evento, e convidou-nos através de Val. Em alguma das conversas, Bruno pediu sugestões de outras bandas. Val sugeriu algumas. O local escolhido seria no Alto do Andu, uma casa de shows com um espaço aberto, com um bom palco, som e luzes, localizado numa das avenidas principais de Salvador, a Luiz Viana Filho, conhecida como Avenida Paralela. O espaço tinha uma boa estrutura, e era mais conhecida como casa de shows de forró, sertanejo, etc.






Nesse momento de seleção do cast, houve alguns atritos com uma das bandas convidadas, pois Bruno tinha convidado o RATTLE para abrir e a banda em questão para encerrar. A banda não queria encerrar, queria ser a primeira. Para evitar problemas, Val concordou. Algum tempo depois a banda em questão queria dessa vez encerrar, não mais abrir. Mais uma vez, para evitar atritos, concordamos. Eis que Bruno convida uma banda para abrir o evento. RATTLE passou a ser a segunda do evento. Nessa hora, a outra banda quis ser a segunda. Val, já sem paciência, disse que não trocaria de lugar. Já tinha feito concessões demais. 

A banda alegou que tinha certo tempo de estrada, mas nós também tínhamos. Depois veio falando que tinha CD oficial, mas nós também tínhamos.
- "Estamos gravando um novo CD e vai sair por uma gravadora..."

- "Que coincidência! Nós também!"

Foi uma conversa onde um queria mostrar que tinha mais importância do que a outra e que não iria a lugar nenhum, até Bruno intervir e fechar a ordem, já que estava já fazendo a divulgação do evento, com cartaz na rua, anúncios em site e ingressos sendo impressos. Continuaríamos sendo a segunda banda. Mais uma banda foi adicionada num cartaz provisório, e essa iria encerrar a noite. A divulgação começou a todo vapor em meados de outubro, já com venda de ingressos.

 


Acontece que o baixista da banda que estava tentando trocar de lugar conosco saiu, e eles acabaram não tocando, e o vocalista acabou sendo o host do evento, apresentando as bandas. Mas ainda teria mais um pequeno problema mais à frente.

 









Enquanto a divulgação do evento ia adiante, fomos nos preparando focando nos ensaios, e ajudando na divulgação da forma que fosse possível. E a Shinigami ia promovendo o futuro lançamento através de notas na imprensa especializada e agendando entrevistas para discutirmos assuntos ligados às músicas, com temática orientada para a cultura cinematográfica, quadrinhos e literária.









Enfim chegou o mês de dezembro. Chegamos próximo ao horário de abertura da casa, ficamos ali conversando com o pessoal da organização, algumas pessoas que já gostavam da banda, e assistimos o Trepanator tocando. Após o show deles, seria nossa vez de subir ao palco.

Bruno sempre foi um bom produtor de eventos, e tudo corria bem nos bastidores. A organização era muito afiada, e não houve contratempos durante todos os shows. Um dos produtores nos mostrou onde podíamos guardar nosso equipamento até a hora de tocarmos e depois de nossa apresentação. Era uma área comum para todas as bandas. 

Vídeo com a apresentação da banda no I Bahia Metal Festival

Nesse local havia algumas caixas de isopor, onde nos foi indicado que tinha lanches e bebidas para todas as bandas. Os alimentos estavam todos separados em sacos plásticos, onde um adesivo com o logo de cada banda identificava a quem pertencia cada lanche.

Vídeo com "Embodiment of Evil" - I Bahia Metal Festival

Vídeo com "Whispers" - I Bahia Metal Festival


Vídeo com "Embodiment of Evil" - I Bahia Metal Festival

Chegou então a nossa hora de apresentação. Arrumamos tudo no palco. Tínhamos direito a dois roadies, então escalamos Wilson Jr, um velho amigo que acompanhava a banda e os projetos de Val, e Bruno, irmão de Henrique. Ambos ficaram a postos para auxiliar Henrique e Eric, além de ajudarem a colocar o pano de fundo e tirarem algumas fotos. Ainda tivemos auxílio de Sidinei Falcão, observando a mesa de som e procurando que nosso show tivesse uma boa qualidade e tudo fosse o mais nítido possível.

Sobre a apresentação em si, podemos afirmar que foi um de nossos melhores shows, e um dos mais importantes, estar no mesmo evento que bandas veteranas como a Headhunter D.C. e a Malefactor, e com um bom público, alguns que nunca tinham nos visto ao vivo. 











Após sairmos do palco, fomos para a área comum das bandas, guardar o equipamento, comer algo e depois ver o restante do evento. Eis que fomos surpreendidos por um dos membros da banda convidada de última hora, e o membro da banda que queria toda hora trocar de lugar conosco, bebendo o que estava reservado para a gente. A desculpa foi que eles tinham se confundido com os logos, o que era uma inverdade, já que cada banda tinha sua identidade visual bem distinta. Eric ficou nervoso e já queria procurar briga, o restante da banda ficou indignado, mas alguém da produção que nos acompanhava tentou remediar a situação, acalmando um pouco os ânimos, embora notássemos um certo sarcasmo em tudo aquilo, uma zombaria no ar. Procuramos sair de perto, já irritados novamente e fomos pra outra parte da área reservada. No local onde ficamos, daria para apreciar o restante do evento. Mas ficou uma lição em tudo isso, a de que nem todos que pregam união na cena, e pedem respeito, oferecem o mesmo, a não ser quando é em benefício próprio.

Esperávamos que 2015 fizéssemos mais shows, mas devido a vários acontecimentos futuros, as coisas não foram bem o queríamos.














Backstage, após a apresentação.


Na área comum, com Sidinei Falcão, do Alto do Andu após a apresentação.