Originalmente postado no site Hard Blast.
Por Señor Stressor
Não é todo dia que nós vemos uma banda brasileira e uma banda russa dividindo um split mas esse é o caso com a Rattle do Brasil e a Hell´s Thrash Horsemen da Rússia em “Pain is inevitable”.
Os russos começam a primeira metade do cd com uma intro climática (“... Till violence'”) seguida imediatamente por “Prologue to slaughter house”. A música começa com um grito agudo no melhor estilo “Metal anos 80” e deixa bem claro quais são as influências desses caras ( basicamente uma bem equilibrada combinação de Thrash e Heavy Metal).
A terceira música, “Beginning of war” é uma composição mais heavy metal que aumenta gradualmente de velocidade e inclui a parte thrash mais rápida apresentada pela banda no cd.
A música tema da banda, introduzida por um riff a la Iron Maiden é mais uma mistura perfeita de metal tradicional com thrash, com um empolgante riff “pré thrash” que me faz lembrar da lendária banda Metal Church, mais eficientes solos de guitarra (do compositor principal da banda Nick Komshukov e de Andy kozhekin) e uma performance vocal totalmente intensa do vocalista Alexander Ivanov, e é uma das melhores do cd.
“Serial man” é uma das minhas favoritas e conta com uma intro que me lembra a clássica canção do Death “ The Philosopher”. É um bom thrash mid tempo com um refrão mais acessível e outra boa performance vocal que me soa um pouco como o grande L.G. Petrov do Entombed (mas menos grave). Uma seção pesada em tempo composto adiciona alguma musicalidade extra à música.
“My feelings to the past” é a “tradicional balada instrumental do álbum, onde os guitarristas têm a chance de apresentar solos legais e melódicos”. Um clichê que funciona perfeitamente nesse cd em particular.
Para fechar a sua parte no split em alta, a banda russa escolheu fazer um cover de um clássico thrash de uma das bandas mais amadas do gênero, Testament com “ The Preacher”. Um trabalho muito bem feito.
Esse material na verdade é um relançamento da demo deles de 2009 “…Till violence” e desde então a banda passou por algumas mudanças na formação e lançaram um full length em 2010 ( “Going sane”) .
A Rattle vem de Salvador no Brasil e toca um tipo mais rápido e brutal de thrash com andamentos acelerados e com os vocais guturais de Val Oliveira, um veterano da cena metal de Salvador, também responsável por todas as letras (que tratam de zumbis, vampiros, ficção científica e morte) e pela brutal e legal arte do cd.
A primeira música, “Hell of the living dead”, começa com um sampler de “o Despertar dos mortos” (“Dawn of the dead”, o clássico filme de zumbis de 1978 de George Romero, obrigatório para fãs do gênero, como eu!), uma intro perfeita para uma combinação vencedora (terror + música extrema). Riffs tradicionais de Thrash, vocais brutais e uma parte no melhor estilo “tá na hora da roda” garantem um início poderoso para os brasileiros.
“Drinking blood” segue com uma introdução de baixo estilo metal tradicional por Louan Kemlin que determina o pique da maior parte da música. É interessante ouvir a mistura de um riff de heavy tradicional com a velocidade rápida do thrash que a banda mostra nessa música. A performance sólida da baterista Drica Lago (sim, é uma mulher na bateria!) é um dos destaques, com ritmos sincopados/ rápidos e ótimo trabalho no bumbo duplo e prato China.
“Operation exterminate” é um tapa na cara, com o seu andamento rápido,letra sobre Homem x máquina e um intenso solo de guitarra. A parte thrash mid tempo no final da música é ótima e apresenta outra performance precisa na bateria.
“The end” é a minha música preferida da Rattle no cd. Ela é a maior com 6:14 minutos e várias mudanças de tempo e riffs empolgantes. Eu gosto bastante da performance vocal de Val e da letra nessa aqui. O guitarrista e principal compositor Henrique Coqueiro tem bastante riffs interessantes na sua manga e o lento aos 04: 24 com certeza é mais um deles.
Assim como os “Horsemen”, a Rattle faz um tributo a uma lenda do thrash em sua última música. “Mass hypnosis” (do cd Beneath the remains) dos “thrasheiros” mais famosos do Brasil, Sepultura, foi a escolha deles. Uma excelente escolha, devo dizer, já que a performance consistente da banda capturou a energia e o poder da versão original.
A produção da parte da Rattle no cd é mais crua que a da primeira metade, o que dá uma característica mais old school e extrema ao som, o que na verdade eu até gosto mais.
Após a gravação e algumas apresentações ao vivo, a Rattle também passou por mudanças na formação e conta hoje com Val e Henrique mais a nova “cozinha” de Eric Ecllypsah no baixo e Rodrigo Macedo na bateria.
Em suma, esse é um split bem empolgante que irá agradar fãs de heavy/thrash e até de extremo do mundo inteiro, apenas confirmando que o amor pelo metal não tem fronteiras.
Aperte o Play” e caia no THRAAAAAAAAAAAAAASH!!!!!!
Sites:
Hell´s Thrash Horsemen : http://www.myspace.com/hellsthrashhorsemen
Rattle: http://www.myspace.com/rattleband
Por Señor Stressor
Não é todo dia que nós vemos uma banda brasileira e uma banda russa dividindo um split mas esse é o caso com a Rattle do Brasil e a Hell´s Thrash Horsemen da Rússia em “Pain is inevitable”.
Os russos começam a primeira metade do cd com uma intro climática (“... Till violence'”) seguida imediatamente por “Prologue to slaughter house”. A música começa com um grito agudo no melhor estilo “Metal anos 80” e deixa bem claro quais são as influências desses caras ( basicamente uma bem equilibrada combinação de Thrash e Heavy Metal).
A terceira música, “Beginning of war” é uma composição mais heavy metal que aumenta gradualmente de velocidade e inclui a parte thrash mais rápida apresentada pela banda no cd.
A música tema da banda, introduzida por um riff a la Iron Maiden é mais uma mistura perfeita de metal tradicional com thrash, com um empolgante riff “pré thrash” que me faz lembrar da lendária banda Metal Church, mais eficientes solos de guitarra (do compositor principal da banda Nick Komshukov e de Andy kozhekin) e uma performance vocal totalmente intensa do vocalista Alexander Ivanov, e é uma das melhores do cd.
“Serial man” é uma das minhas favoritas e conta com uma intro que me lembra a clássica canção do Death “ The Philosopher”. É um bom thrash mid tempo com um refrão mais acessível e outra boa performance vocal que me soa um pouco como o grande L.G. Petrov do Entombed (mas menos grave). Uma seção pesada em tempo composto adiciona alguma musicalidade extra à música.
“My feelings to the past” é a “tradicional balada instrumental do álbum, onde os guitarristas têm a chance de apresentar solos legais e melódicos”. Um clichê que funciona perfeitamente nesse cd em particular.
Para fechar a sua parte no split em alta, a banda russa escolheu fazer um cover de um clássico thrash de uma das bandas mais amadas do gênero, Testament com “ The Preacher”. Um trabalho muito bem feito.
Esse material na verdade é um relançamento da demo deles de 2009 “…Till violence” e desde então a banda passou por algumas mudanças na formação e lançaram um full length em 2010 ( “Going sane”) .
A Rattle vem de Salvador no Brasil e toca um tipo mais rápido e brutal de thrash com andamentos acelerados e com os vocais guturais de Val Oliveira, um veterano da cena metal de Salvador, também responsável por todas as letras (que tratam de zumbis, vampiros, ficção científica e morte) e pela brutal e legal arte do cd.
A primeira música, “Hell of the living dead”, começa com um sampler de “o Despertar dos mortos” (“Dawn of the dead”, o clássico filme de zumbis de 1978 de George Romero, obrigatório para fãs do gênero, como eu!), uma intro perfeita para uma combinação vencedora (terror + música extrema). Riffs tradicionais de Thrash, vocais brutais e uma parte no melhor estilo “tá na hora da roda” garantem um início poderoso para os brasileiros.
“Drinking blood” segue com uma introdução de baixo estilo metal tradicional por Louan Kemlin que determina o pique da maior parte da música. É interessante ouvir a mistura de um riff de heavy tradicional com a velocidade rápida do thrash que a banda mostra nessa música. A performance sólida da baterista Drica Lago (sim, é uma mulher na bateria!) é um dos destaques, com ritmos sincopados/ rápidos e ótimo trabalho no bumbo duplo e prato China.
“Operation exterminate” é um tapa na cara, com o seu andamento rápido,letra sobre Homem x máquina e um intenso solo de guitarra. A parte thrash mid tempo no final da música é ótima e apresenta outra performance precisa na bateria.
“The end” é a minha música preferida da Rattle no cd. Ela é a maior com 6:14 minutos e várias mudanças de tempo e riffs empolgantes. Eu gosto bastante da performance vocal de Val e da letra nessa aqui. O guitarrista e principal compositor Henrique Coqueiro tem bastante riffs interessantes na sua manga e o lento aos 04: 24 com certeza é mais um deles.
Assim como os “Horsemen”, a Rattle faz um tributo a uma lenda do thrash em sua última música. “Mass hypnosis” (do cd Beneath the remains) dos “thrasheiros” mais famosos do Brasil, Sepultura, foi a escolha deles. Uma excelente escolha, devo dizer, já que a performance consistente da banda capturou a energia e o poder da versão original.
A produção da parte da Rattle no cd é mais crua que a da primeira metade, o que dá uma característica mais old school e extrema ao som, o que na verdade eu até gosto mais.
Após a gravação e algumas apresentações ao vivo, a Rattle também passou por mudanças na formação e conta hoje com Val e Henrique mais a nova “cozinha” de Eric Ecllypsah no baixo e Rodrigo Macedo na bateria.
Em suma, esse é um split bem empolgante que irá agradar fãs de heavy/thrash e até de extremo do mundo inteiro, apenas confirmando que o amor pelo metal não tem fronteiras.
Aperte o Play” e caia no THRAAAAAAAAAAAAAASH!!!!!!
Sites:
Hell´s Thrash Horsemen : http://www.myspace.com/hellsthrashhorsemen
Rattle: http://www.myspace.com/rattleband