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quarta-feira, 16 de junho de 2021

GRAPIUNA ROCK (2018)


 O período após o evento Salvador Underground Inc. foi confuso. Acabando o último show, a banda estava eufórica e disposta a voltar a fazer eventos com mais frequência, depois de uma longa temporada afastados dos palcos baianos. 

Imediatamente após o Salvador Underground Inc, se cogitou uma nova edição do evento, e até foi feito um flier para a divulgação do evento como pode ser visto abaixo. O show seria realizado no mesmo local, com praticamente o mesmo cast da primeira edição, com a adição da banda de Feira de Santana Pathfinders como headliner.

 


 O evento acabou não acontecendo pelo fechamento do local. E já nesse período, várias casas de shows em Salvador, onde bandas underground podiam se apresentar, estavam fechando as portas por diversos fatores. 

A banda estava com planos de gravar um single, com a música "Blind Terror", mas devido a novas composições que iam tomando forma começou-se a pensar em lançar um EP de forma digital. Com ensaios bem esparsos, devido Henrique estar em Jequié, as trocas de informações eram todas por meios digitais, e quando possível ensaiar, eram ensaiadas as músicas novas após uma rápida passada pelo repertório.

No inicio de outubro de 2018, o fotografo Joaquim Fauro nos contatou, falando sobre um show em Itabuna, e dias depois o produtor do evento, Murilo Rosa começou a negocia a apresentação da banda. A banda se animou a tocar, já que era no interior e em uma cidade que nunca foram.

As coisas começaram a dar errado quando marcou-se um ensaio que não houve, principalmente por conta de Eric ter se passado, marcado gravação com outra banda, e deixado o celular descarregar, e desencontros com os membros. 

Outra coisa foi que a ajuda de custo não daria pra arcar com passagens para todos até a cidade, e a solução foi encontrar algum conhecido e bancar a gasolina, fora custos de hospedagem e alimentação. Após muita procura, eis que Daniel apresentou como solução o seu pai, Zeca. E tinha duas opções de viagem: pegar uma BR e rodar bastante, ou pegar o ferry boat, atravessar a Baía de Todos os Santos e encurtar o trajeto. Foi decidido pelo ferry. O que se mostrou algo torturante, devido a espera. O jeito foi ficar de resenha nas filas de espera (para pagar e a fila para embarque). 



A pior espera, foi sem dúvida a para adentrar os estabelecimentos do ferry boat. Mas a fila para o carro entrar no ferry, obedecendo a lotação de cada embarcação, mais a espera de cada um foi cansativo. Já na embarcação, e sem muito a fazer, continuaram os papos doidos entremeados com uma apreciação da vista durante a viagem.





Chegando no outro lado, pegamos a estrada numa road trip com momentos hilários, com muita piada, música rolando, e umas ultrapassagens loucas por parte de Zeca que nos deixavam tensos! As vezes ele dirigia como se estivesse fazendo parte de algum dos primeiros filmes do Mad Max! Nessas horas todos suavam frio!!

Fora isso, Zeca era um cara muito gente boa!



Fizemos algumas paradas para almoçar, comer alguma coisa ou simplesmente descansar, esticar as pernas, seja em algum lugar da estrada, vilarejo ou cidade.

Aproveitamos para comprar algumas coisas ao longo da viagem, principalmente comida. 

Henrique procurando sinal...






 

Enfim, chegamos em Itabuna no meio da tarde, e já fomos para o local do evento, o Grapiuna Tênis Club. O local era amplo, tinha uma piscina profunda, com um trampolim enorme e bastante alto. Conversamos com o Murilo, depois fomos descansar, tomar banho, comer alguma coisa. Ficamos de retornar ao local perto do inicio do evento.





Voltamos a tempo de ver a primeira banda, e ficamos acompanhando as apresentações e o público chegando. O evento acabou não tendo um grande número de pessoas, pois acabou que o Enem daquele ano aconteceria no dia seguinte, mas mesmo assim tinha um público considerável.

O tempo foi passando, e chegava a hora de nossa apresentação. No palco, a banda Jacau tocava e já passava do meio do seu set. Foi quando houve uma correria fora do local do show com muita gente gritando na área da piscina. A Jacau parou de tocar.

A piscina tinha um cercado, e estava fechada para o público. Mas alguns garotos pularam e ficaram a beira dela. Uma garota caiu lá e se debateu por que era profunda, mas sabia nadar. Um garoto, de uma cidade próxima, viu a cena e se jogou. Mas estava muito alcoolizado e acabou afundando e se afogou. Outras pessoas tiraram ele da água e tentaram reanimar. A Samu foi chamada, e chegou juntamente com uma viatura. Os paramédicos tentaram reanimar, chegaram a obter uma reação, mas o nível de álcool no sangue do garoto, que tinha apenas 16 anos, era tão grande que ele acabou indo a óbito.

O evento se encerrou. Voltamos aos hotéis. 

No dia seguinte voltamos abatidos para Salvador. Henrique foi direto para Jequié. A volta foi menos atribulada. Não havia ânimo. Enfrentamos a fila para o ferry e chegamos em nossas casas no inicio da noite.

Ao longo do mês de novembro e dezembro, fomos conversando sobre gravar o EP, definindo estúdio, prazos e trocamos diversas ideias. Em meio a isso tudo decidimos voltar a produzir nossos shows. Com o fechamento do Dubliners, ficamos sem muitas opções para a data que desejávamos, que seria meados de dezembro, mas posteriormente adiado para o inicio de janeiro. 

Convidamos a Indominous e a Unkilled para a 10ª edição do United Forces. O local escolhido foi o Buk Porão, localizado no Pelourinho. Tivemos problemas em fechar a data, pois havia a possibilidade de uma banda punk estar fazendo uma tour pelo Brasil e acabaria tocando na data que desejávamos. No final, ficamos com a data. Em um dia estávamos finalmente divulgando o cartaz do evento, e dias depois cancelando o evento.



Henrique tomou a decisão de voltar a estudar para concurso. A banda concordou mas pediu para ele fazer apenas esse show, mas ele estava decidido. A banda entrou em mais um hiato. 

Nesse período, após o inicio de 2019, ele focou nos estudos, indo fazer provas em diversos estados. Nos tempos livres, gravou algumas guias para o futuro EP. O plano era gravar no final daquele ano, ou inicio de 2020. Como todos sabemos, aconteceu a pandemia que assola ainda hoje, junho de 2021, o planeta. Henrique passou em um concurso e foi convocado. Hoje ele mora no interior do Pará.

De 2019 para cá, Eric e Daniel participaram de diversos projetos e bandas. Val ficou focado no trabalho, no evento Cine Horror e nos projetos de quadrinhos. Não havia perspectiva da banda voltar a ativa. Mas em conversas, surgiu a motivação de levar a banda adiante, com novos membros. Henrique motivou os membros restantes da banda a continuarem. Planos começaram a ser feitos, músicos foram indicados e convidados, e hoje já existe uma nova formação.

 

Mas isso é assunto para outra postagem...


sexta-feira, 4 de junho de 2021

SALVADOR UNDERGROUND INC. (2018)


Após o ultimo evento, em 2016, a banda entrou em um hiato de quase um ano e meio. Por conta do comprometimento de Henrique em estudar, reduzimos até ensaios, que aconteciam na sua passagem por salvador, e onde íamos começando a trabalhar temas novos. Show no entanto não fazíamos. Houve poucos convites também. Alguns partiram de produtores inescrupulosos e aproveitadores. Um desses iria montar um show na cidade de Lauro de Freitas. Nos convidou e procuramos acertar um valor para trazer Henrique de Jequié. As negociações não foram a frente com a produção alegando que o evento seria gratuito e não poderiam nos pagar o valor exigido. Colocaram outras bandas no evento, e posteriormente ficamos sabendo por parte de uma das bandas que tocou que o que pedimos eles pagaram a todas as que participaram. Depois vieram nos convidar mais duas vezes, em uma informamos o valor e não obtivemos resposta, e da ultima simplesmente ignoramos.

Mas sentíamos falta de tocar, nos apresentar. E em 2018m Henrique deu luz verde para acertarmos alguns eventos. O convite partiu de um de nossos amigos, Edmar Oliveira, da The Crypt



Edmar nos pôs em contato com o pessoal que estava produzindo o evento. No inicio percebemos que o pessoal não tinha muita experiência, mas colamos e ajudamos na divulgação e dando toques para que tudo fluísse da melhor forma possível.

O local do show foi uma antiga boate de striptease de Salvador, o Tchê Night Club, no bairro de Amaralina, na orla. Um local inusitado, mas era comum nos anos 1980 e inicio dos anos 1990 as bandas de Metal tocarem em locais assim, por falta de casas de show que acolhessem as bandas do estilo.

O evento contou com dois fliers de divulgação, um mais simples, que abre esse post, e outro com os vocalistas de cada banda.


Por conta de estarmos parados há algum tempo, escolhemos ser a banda de abertura. Chegamos cedo no local do evento, e encontramos membros das bandas. A surpresa negativa, após trocarmos ideias com o pessoal, foi descobrir que nada do equipamento estava montado! No cartaz estava o horário de 20h para iniciar o evento, e nem bateria estava montada. O produtor não estava no local. Tomamos a frente e falamos pra os bateristas montarem a bateria e constatamos que faltava peça! 

 




Aos poucos tudo foi sendo montado, e o pessoal foi buscar o que faltava, e o show acabou começando um atraso. Nesse meio tempo, o público foi chegando e quando tudo ficou pronto, passamos o som rapidamente e iniciamos nossa apresentação. Eric, que reclamava que estava enferrujado e pedia pra tocarmos num ritmo mais lento, chamou as músicas numa velocidade infernal!

Vídeo com "Semper Fi" (trecho) e "Whispers"
 

Ao final do show, fomos conversar com o público, e encontramos nosso antigo baterista, Luciano. Conversamos um pouco, depois fomos ver o show da The Crypt.